Páginas

12 dezembro 2013

A vida é curta
O tempo urge
Ha tanta coisa
Ha tantos lugares
Tantas flores
Tantos espinhos
Manhãs e tardes
Noites e madrugadas
Amores, decepções
Choro e alegria
Uma coletânea de fatos
Parece muito
Um universo inteiro
Uma vida toda
Que cabe em um só poema
Até mesmo em um verso
Nasceu
Viveu
Ou não
Morreu!

(Joana Maria)

02 dezembro 2013

Coletânea de si...

Você segue... 
Deixando e colhendo pedaços.
O que é hoje não será amanhã.
Partes achadas e outras perdidas,
No finito jogo da vida!
Talvez ao se olhar no espelho
Não reconheça a imagem refletida.
Tem pouco de si e muito de retalhos.
Para se ver, só fechando os olhos
E procurando bem no fundo...
Não se surpreenda com a revelação.
Passou a vida inteira consigo...
E descobre que nunca foi nada,
Só um coletânea de destroços
Absorvidos ao longo da estrada.
Essa poesia que nunca termina,
Repetição de um mesmo verso.
Ah essa história inacabada...
Sem mais espaço para o novo.
É hora de fechar a cortina.
Borboleta seguindo caminho reverso...
De volta ao casulo, à lagarta, ao ovo...
Ao nada!

(Joana Maria)