Páginas

02 dezembro 2013

Coletânea de si...

Você segue... 
Deixando e colhendo pedaços.
O que é hoje não será amanhã.
Partes achadas e outras perdidas,
No finito jogo da vida!
Talvez ao se olhar no espelho
Não reconheça a imagem refletida.
Tem pouco de si e muito de retalhos.
Para se ver, só fechando os olhos
E procurando bem no fundo...
Não se surpreenda com a revelação.
Passou a vida inteira consigo...
E descobre que nunca foi nada,
Só um coletânea de destroços
Absorvidos ao longo da estrada.
Essa poesia que nunca termina,
Repetição de um mesmo verso.
Ah essa história inacabada...
Sem mais espaço para o novo.
É hora de fechar a cortina.
Borboleta seguindo caminho reverso...
De volta ao casulo, à lagarta, ao ovo...
Ao nada!

(Joana Maria)

Nenhum comentário: